quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Escola


(572)
Acho que o tempo que mais gostei

e que nunca pude esquecer;
foi o período longo que estudei
e na escola, aprendi a viver.

A escola pra mim era tudo
adorava as horas que lá passava
quando as longas férias vinham
a saudade em mim aumentava.

Não gostava das férias prolongadas
preferia o convício das colegas
onde juntas, alegres de mãos dadas;

nós brincávamos, líamos, aprendíamos
a viver, a integrar a sociedade
e como era bom aquilo que sentíamos.
Alina Castelo Branco 
(30/09/1976) 





Cresce, Menino!


(566) 
Marcha o menino
para a escola 
e depois do estudo 
vai jogar bola. 

Que vida boa 
sem responsabilidade 
só vive à toa 
e na claridade. 

Depois que ele cresce 
começa a sofrer 
e vem a desilusão; 

é que aparece 
para ele ver 
a densa escuridão!
Alina Castelo Branco 
(16/07/1976)



Tarde Triste


(565)
Está muito quieta
a natureza;
que suavidade,
que beleza!

No final da tarde
quando o dia cai;
nossa, esperança
também, se esvai.

Quando a tarde calma
vai chegando ao fim
tem algo misterioso!

Só a minha alma
não consegue assim
nada maravilhoso!
Alina Castelo Branco 
(16/07/1976) 




Aniversário da Gabriela



(176)
De vestido rosa
toda faceira
brinco nas orelhas
ela via, calada,
toda a brincadeira
e acredito
bem que curtia,
pois é travessa
gosta de tudo
de um bom som
gosta de dança
de ver as velas coloridas;
gosta de crianças
bem brincalhonas
bem divertidas.
Tudo estava lindo
naquele dia
do aniversário
da Gabriela,
o bolo rosa,
grande e belo
gente cantando
gente dançando
todos alegres
por causa dela
da minha querida
e meiga Gabriela.
Feliz Aniversário
neta querida
que tem apenas
um ano de vida.
Alina Castelo Branco 
(Festejado no dia 15/02/1986).




Olhos Abertos


(480)
Perdão, Senhor
para os que tem
olhos pra ver
mas não conseguem
ver nada além;
não acontece, às vezes assim,
você não quis
ver nada além
do seu nariz?
II
É mesmo assim
a vida vai
e você cai
sempre sem fim
pois não enxerga
e não quer ver
então carrega a sua cruz
pelo escuro, sem ter a luz
pra iluminar a sua estrada
que está nas trevas
pois os seus olhos
que vive abertos
não tem poder
para enxergar
nem entender
o que querem de você.
III
Abra seus olhos
para ver a luz
que vem de Deus
vem de Jesus
da sua força
e do seu poder
para ajudar a nossa cruz
e iluminar a nossa estrada
tão angustiada
e aliviar então
a nossa carga
carga imensa
que a gente traz
no coração;
abram seus olhos
acordem, gente
pra que não haja escuridão
haja só luz
pra todos nós
e muita paz
no coração.
Alina Castelo Branco 
(16/06/1976)




Tente Escrever


(496)
I
Não se escreve
quando se quer;
a nossa mente
não é brinquedo,
não se controla
com a nossa mão
que é só chegar
e apertar o botão.
II
O que vale nela
é aquele pássaro
que canta sempre
à nossa janela
e nos faz a ver
a vida mais bela.
III
É aquela flor
que desabrochou
no nosso jardim
como o nosso amor
que foi embora
e nunca mais voltou
morreu enfim!
IV
É aquele céu
tão estrelado
mais parece um véu
todo azulado!
V
O que nos força
e nos impede a escrever
são as reações, os sentimentos
que partem sempre
dos corações,
do nosso ser
e as emoções
que tendem a vir,
logicamente,
vão refletir
na nossa mente.
VI
É sempre assim:
ela nos leva ao devaneio
a um outro mundo
um mundo alheio
onde as cores
são mais vibrantes
e as estrelas
são mais vibrantes;
daí então, num outro mundo
bem mais profundo
nós vamos ter
a ocasião para escrever
todas as coisas
que o coração tem a querer.
VII
Se você duvida,
tente escrever,
aproveite um dia
uma emoção
e pro papel trazer
o seu coração.
Alina Castelo Branco 
(25/06/1976)




Lutar


(619)
No início tudo parece difícil
se nos falta a fé é bem pior;
com a constância torna-se possível
e as coisas se resolvem bem melhor.

Na vida por um lugar ao sol
e um cumprimento da nossa missão
lutamos tanto pra virarmos pó
amas vale na terra a realização.

Porque viver e não concretizar
um ideal, um sonho, um amor
mil vezes nascer como animal;

ter inteligência e não saber usar
não existe algo que traga mais dor
para todo aquele que não quer lutar.
Alina Castelo Branco 
(28/10/1976)




Um Dia Gostoso


(618)
Falta-me hoje, agora, inspiração
sinto-me bem, não sinto solidão;
num dia tão claro de sol tão bonito
existe uma paz bem dentro, comigo.

Estou irmanada com a natureza
achei o dia lindo e estou contente
se todos os dias fossem uma beleza
seria muito bom pra toda gente.

Hoje, estou bem dou graças a Deus
como também daria com um dia ruim
entrego a Ele os problemas meus;

um dia calmo, feliz é tão gostoso
prefiro é lógico que todos fossem assim
como esse tem sido, maravilhoso!
Alina Castelo Branco 
(16/07/1976) 


Valsa Antiga


(617)
Gosto das valsas antigas
calam profundas na alma
lembram bem o tempo bonito
quando se amava com calma.

Aqueles acordes românticos
de uma era que já passou
para mim faz muita falta
pois as valsas, lembram amor.

Uma valsa bem dançada
com alguém que a gente gosta
isso não é “era passada”;

será que as mulheres agora
já não sentem mais emoções?
Claro que sentem, ora, ora!...
Alina Castelo Branco 
(12/10/1976) 



Prisma Diferente


(616)
Vejo a vida por um prisma
talvez, que não é comum;
às vezes tenho meus sonhos
nisso não vejo mal nenhum.

Só porque todos só cuidam
do seu corpo, da aparência
e da alma, nem procuram
nem a Deus, pedem clemência?

Vejo a vida de cima pra baixo
e tiro dela os melhores frutos
como da bananeira, tiro cacho.

Se eu for perder tempo, à toa
com tantas futilidades
esqueço das coisas boas.
Alina Castelo Branco 
(12/10/1976) 



Silêncio Demais



(614)
Alta madrugada! Silêncio profundo
não se ouve nada, não é assim?
Só o som do vento soprando tudo;
a noite chegou e o dia? Fim!

Mais um dia que se vai com o tempo
e uma noite que chega de mansinho;
toda gente dorme, certamente.
só os mortos saem pelo caminho.

Nossas almas também vão passear
pelas ruas, cidades, lugarejos
e com eles também vão conversar;

e nossos corpos pesados, dormindo
fica aguardando a nossa alma
voltar do passeio, do sonho findo.
Alina Castelo Branco 
(07/10/1976)



Sozinha...


(613)
Sozinha! O mundo grita lá fora
eu, em paz, muito sozinha;
talvez que o mundo tenha melhora
fico tranquila, toda entregue, todinha!...

A barulheira sempre continuando
uma agitação tremenda nas pessoas;
eu, em paz, o silêncio amando
agradecendo a Deus, as horas boas.

O mundo grita lá fora, constante
sentada, vou escrevendo um verso
lindo, real, puro e vibrante.

A paz que tenho dentro é preciosa
nos meus pensamentos, assim perdida
chego a sentir o perfume de uma rosa.
Alina Castelo Branco 
(07/10/1976) 






Infinito


(71)
As estrelas
Por que brilham?
E de dia,
Onde ficam?
No espaço
Não se vê
Mas à noite
Elas surgem
Deixam o sol
Adormecer.
Vem o sol
Somem as estrelas!
Vem à noite,
Volto a vê-las,
Isso é bom
Pro meu viver!
Alina Castelo Branco 
(12/04/1976) 



Perdão


(364)
O bom da nossa vida é dar
é melhor do que receber
pois é dando que se aumenta
nossa chance para Deus
para uma vida futura
livre de pesadelos
eterna e muito pura.

Perdão palavra bonita
pequena e reconfortante
pois quando alguém perdoa
tira da alma um peso
que o angustia tanto
que faz com que nossa vida
seja um inferno constante.

Perdoa pois seu irmão
por pior que ele seja,
por pior que tenha feito,
você sofrer e penar,
pois a vida é isso aí:
é saber bem relevar
é sofrer e perdoar.
Alina Castelo Branco 
(02/09/1976) 



Felicidade


(351)
Onde estás?
Ninguém a vê.
Porque te escondes
e te afastas
da criatura humana
quando podias
viver mais perto
de toda a gente?
Seria a seiva
que alimentaria
e sustentaria

essa humanidade
que vive sofrida
sentindo tua falta
mas em vez disso
você se evapora
e deixa todos
e vamos brincar
daí por diante,
de esconde, esconde,
para achar você,
que é o bálsamo
tranquilizador
e que suaviza dor.

Se você achou
a felicidade
diga para os outros
que só Deus
pode lhe dar
onde a encontrou
para que haja mais alegria
menos sofrimentos e dor.
Alina Castelo Branco 
(26/08/1976)




Deixa pra trás


(344)
O que passou, passou
não deve mais voltar
há tanta coisa bonita
pra todos nós olhar;
o passado é o elo
que liga o presente
ao amanhã
ele é o amigo
é como uma boa irmã
pois é apoiado nele
nos erros que cometemos
que vamos aprendendo
e também crescendo.
Alina Castelo Branco 
(24/8/1976)