quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Vivi, Talvez!


(651)
Vivi, talvez!
Só pros filhos meus
lutando por eles
e os problemas seus.
Vivi, talvez!
Só querendo ter
e pedindo sempre
sem agradecer.
Vivi, talvez!
Iludindo a mim
pois a vida é
só, dores sem fim
Vivi, talvez!
Sem querer ver;
vendo maldades
sem entender.
Vivi, talvez!
Querendo viver
hoje é que eu sei
o que é sofrer.
Vivi, talvez!
Quem sabe um dia
eu venha a ter
muita alegria.
Vivi, talvez!
Sonhando à toa
mas tenho certeza
fui apenas, boa.
Vivi, talvez!
Com minha dor
tenho por Deus
só, muito amor.

Vivi, talvez!
Sem me aperceber
que estava errada
nesse meu viver.
Alina Castelo Branco 
(27/09/1978) 



O Que é Lutar


(646)
Lutar é caminhar
com um grande ideal
preso a um mastro
grande, afinal!

É levar em frente
esse estandarte
balançando ao vento
com bastante arte!

Tudo nessa vida
é astúcia e fé
pra vencer a lida.

Lute até cansar
nunca desanime
“viver é lutar”!
Alina Castelo Branco 
(03/06/1977) 



Por Deus


(644)
O ódio corrói a alma
e lança o homem no inferno
faz dele um ser doente
cruel, terrível, perverso.

Não vale a pena odiar
perder o seu tempo à toa
não vale a pena viajar
numa furada canoa.

Tanto ódio armazenar
não leva a lugar nenhum
só faz lhe atrapalhar;

limpe bem seu coração
não espalhe tanto ódio 
por Deus, não faça isso não!
Alina Castelo Branco 
(28/03/1977) 



Drama


(642)
Não perca nenhum minuto
da sua vida preciosa
faça tudo enquanto a vida
é um eterno mar de rosa.

Às vezes ela muda tanto
que você nem acredita
como o menino rebelde
que só esbraveja e grita.

Você tem que está madura
forte, firme consciente
e com a alma muito pura;

para suportar a trama
que a vida sempre apronta
sem fazer de tudo um drama.
Alina Castelo Branco 
(28/03/1977)




Labirinto


(641)
Tudo passa tão depressa
mal dá tempo pra se ver
todo estrago que ficou
e poder bem descrever.

O tempo é o destruidor
de muitas coisas bonitas
na sua velocidade
às vezes só traz desditas.

As vezes fico pensando
se o tempo não passasse
ficaríamos sempre andando

num eterno labirinto.
Pode ser que esteja errada
mas assim é como eu sinto.
Alina Castelo Branco
(07/03/1977)




Escuridão


(640)
Se só houvesse escuridão
nem gostaria de pensar
já chega a dor da solidão
daqueles que vivem sem amar.

Só em pensar que não ia ter
o sol na terra pra iluminar
e que o mundo seria escuro
teria medo, medo de acordar.

Se tendo luz, tendo a claridade
nem enxergando bem direito as coisas
e deixamos escapar a felicidade;

façam uma ideia da escuridão
o que seria da gente, sem amor
a caminhar sozinha, pela solidão.
Alina Castelo Branco 
(18/02/1977) 




Sobreviver



(639)
Pra se vencer tem que ser leão
a lei é severa no reino animal
não se pode viver de coração
tem que se usar a mente bem normal.

Se errarmos mentalmente, sofremos
por não sabermos bem coordenar
os nossos desejos e ideais
por não sabermos nossa mente usar.

A lei da selva é dura pra valer
cá entre nós, a coisa é bem igual
vence aquele que tem maior saber;

a luta é imensa pra sobreviver
o amor é pouco pra contrabalançar
todas as lutas e o todo sofrer.
Alina Castelo Branco 
(18/02/1977)





Silêncio


(638)
O silêncio pra minha alma
tem um valor singular
me conforta, me acalma.
dar sossego para amar.

A criatura humana
tem que aprender a amar
mas como vai conseguir
com o mundo a se agitar.

Nas horas silenciosas
é que tenho raciocínio
das minhas faltas dolorosas;

pelo silêncio, envolvida
vejo nessa imensa paz
minha vida construída.
Alina Castelo Branco 
(08/02/1977)




Dia Neutro


(636)
Não estou triste
nem estou feliz
hoje, estou neutra
hoje nada quis

A não ser trabalho
e a tranquilidade
não quero mais nada
a não ser saudade.

Tem muitos dias assim
que não me abalam
do começo ao fim;

dias neutro sempre são
como o outono chegando
folhas caindo no chão.
Alina Castelo Branco 
(06/02/1977)



Preço Alto


(635)
Qual o preço para uma mãe
que recebe uma missão
de criar cinco crianças
fazê-las ter coração?

O filho vem, isso é bom
fazer dele, homem ou mulher
isso não é fácil, não
as coisas não saem como se quer.

Você que é mãe deve entender
toda a luta e o desespero
que a mãe tem pra desenvolver;

dentro do filho, a maturidade
para poder andar no mundo
com muita paz e felicidade.

Alina Castelo Branco 
(06/02/1977) 




Cartão de Natal(35)

Cartão de Natal(35)

Cartão Natal(23)

Cartão de Natal (23)



Tristeza


(634)
Às vezes sinto tristeza
de repente, sem querer
meu Deus, nem tenho tempo
dos problemas, resolver.

Sentir tristeza é mau
é sinal de nostalgia;
porque de vez em quando
ela cobre a alegria?

Tristeza n’alma da gente
afeta o nosso viver
não deixa a gente contente;

lembrar o que faz sofrer
é masoquismo tremendo
não dá mesmo pra entender.
Alina Castelo Branco 
(01/02/1977) 



Nem é bom pensar!


(633)
O que seria de mim
se não tivesse casado
o que seria de mim?
Seria um ser isolado.

O que seria de mim
sem os filhos que hoje tenho
não manteria a vida
como hoje me mantenho.

Se estivesse solteira
pra mim não haveria graça
dentro da terra inteira;

sempre sonhei ter meu lar
cheio de muitas crianças
e eu no meio, a brincar.
Alina Castelo Branco 
(01/02/1977) 



Ó Arvore



(632)
Você que é árvore
fincada no chão;
você não tem alma
nem tem coração.

O que você tem
pra ser tão sensível?
Às vezes é tão forte!
Como isso é possível?

Como você vê
o mundo lá fora
e como prevê

um grande temporal?
‑“Pertenço a natureza
tudo é natural”
Alina Castelo Branco 
(01/02/1977)