terça-feira, 23 de setembro de 2014

Canta Alto!


(222)
Canta tão alto
o bentevi
toda manhã
logo cedinho
acorda a todos
que estão dormindo
e põe-se depois
bem quietinho
na árvore grande
que fica em frente
aonde vivo
aonde idealizo
e concretizo
meus pensamentos
e pela família
parentes e amigos
procuro rezar
em todos os momentos.
Alina Castelo Branco
(28/10/1976)



Ah, Se Eu Entendesse...


(136)
Como entendo hoje,
se eu entendesse ontem,
das coisas de Deus,
das suas leis,
das suas misericórdias,
há muito tempo
que teria feito
o meu pedido de desculpas,
pois Deus é bom,
grande , majestoso,
e eu, sou nada
dentro de uma casca
fraca, emprestada,
mas ainda assim
querendo crescer
pra chegar a ELE
e agradecer.
Alina Castelo Branco
(27/11/1979)


Jesus


(134)
Se no meu caminho
você não tivesse,
se eu não tivesse
no caminho seu;
se você não fosse
meu grande pai
eu não fosse
sua humilde filha,
o que seria de mim
meu pai querido,
num mundo louco
e tão contraditório
onde não se sabe
mais o que fazer,
onde o certo e o errado
andam de mãos dadas
e se você é certo,
sofre muito mais
onde vemos coisas
que nos arrepia
e faz tanto mal.

Mas como você
é filho do mesmo pai
e portanto é meu irmão
que ajuda, que protege
e nas horas mais difíceis
enxuga as nossas lágrimas
com tanta suavidade
que a gente nem percebe
mas fica aliviada.

O que seria de mim
se não o conhecesse
tão perto e há anos
recebendo sempre, sempre,
através do seu silêncio
tranquilo e confortador
o seu passe invisível
que retira tanta dor?...
Alina Castelo Branco 
(Setembro de 2001 às 7:10 horas).


Barreira



(119)

Quando releio os versos
de poetisas famosas,
tenho até vergonha
de todas as minhas trovas.

É tão fácil pra gente
que só está começando;
entrar no mundo dos versos
é bom se ir preparando.

Mas o pior dessa transa
é a barreira constante
é o desmanchar de uma trança.

Porque pro poeta novo
vencer toda essa barreira
é algo maravilhoso!
Alina Castelo Branco
(29/07/1976)



Bons Amigos



(100)

De repente
mil estradas
mil caminhos
que abertura!...

De repente
nova luz
grande, imensa
clareando
a solidão,
alertando meus sentidos,
conduzindo-me
os horizontes
tão diversos
não imaginados
até irrefletidos...

De repente
coisa estranha
acontece comigo
neste mundo
cheios de estradas
encontro algo:
bons amigos.

Alina Castelo Branco
(31/01/1980)