quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Saber Amar



(283)

Fazer verso
ser poeta
é desvendar
novos caminhos
e horizontes
que só o poeta
consegue ver
se aproximar
e de mansinho
bem penetrar
pois é preciso
pra ser poeta
encontrar Deus
e saber amar.

Alina Castelo Branco 
(27/12/1976) 




Vai e Vem


(282)
Um ano acaba
o outro vem.
Na vida é bom
se querer bem.
Um ano acaba
o outro vem.
Deve trazer
bem para alguém.
Um ano acaba
o outro vem.
Seja feliz
você, também!
Alina Castelo Branco 
(27/12/1976)

Vou indo...


(275)
Caminhando
sempre em frente
corajosa
firmemente
vou andando
decidida
com a cruz
com a lida
e o transtorno
dessa vida
misturada
e envolvida
com o desejo
de ter sempre
alegria.

Caminhando
sempre em frente
corajosa
firmemente
vou andando
decidida
com a lágrima
com a dor,
caindo
levantando
com o Cristo
com amor!
Alina Castelo Branco 
(19/12/1976)





Um dia a Mais


(263)
Um dia a mais
que vem surgindo
é para nós
novo caminho;
um dia acaba
e também com ele
as coisas boas
e também erradas
da nossa vida;
essa é a chance
que recebemos
para melhorar
nossa pequena
vida terrena;
tudo é constância
e é firmeza
para mantermos
as coisas boas
e maravilhosas
que Deus deixou
na natureza.
Alina Castelo Branco
(07/12/1976)

Mundo Novo


(255)
Mundo Novo o que é?
É um mundo diferente
para o homem ou a mulher?
Mundo Novo, radiante
de luz e felicidade
cada um traz dentro d’alma
bem guardado, quando a mente
é elevada e pra Deus
vive voltada.
Com a mente evoluída
e com Deus bem protegida
o coração em vez de pobre
torna-se rico de graças
de encantamentos
e a felicidade começa a gerar
em todos os momentos.
Alina Castelo Branco 
(03/12/1976) 




Agitação


(253)
Ó Deus, que agitação
não há mais tempo
pra se pensar
e nem si quer
se olhar pro chão
e como vamos
caminhar
sem saber
o que fazer
o que falar
o que querer
o que sonhar
se envolvida
pela zueira
vai girando
a terra inteira!...

Horas de paz
e solidão
é necessário,
pro coração!...
Alina Castelo Branco 
(02/12/1976) 



Aquele Menino!...


(250)
I
Aquele menino
tão pobrezinho
lá no cantinho
encolhidinho
vendo o mundo
todo a sorrir
com o colorido
que o Natal traz
vendo as bolinhas
e os presentes
já enfeitando
e alegrando
a toda gente;
aquele menino
que não sorrir
por está com fome
e nem pode dormir
por ver ser irmãos
tristes como ele
e a sua mãe
a chorar, chorar
pelo dia inteiro;
será que também
ele irá receber
em pleno Natal
algo valioso
que possa melhorar
um pouco a sua vida
pra ver um mundo
mais maravilhoso?...
II
Os bilhões de mundos
que aqui existem
são tão diferentes
incompreensíveis
e tão misteriosos
como o próprio Deus
e o próprio Cristo;
por isso, eu afirmo
apesar de tudo:
Natal é pra todos
com bolas, sem bolas
com lues, sem luzes
com roupa, sem roupa
com fome, com dores
pois o Cristo veio
não só para um
e sim para todos;
e o que vale mesmo
em pleno Natal
é saber que Cristo
veio a este mundo
um dia, afinal
e com Ele, estamos
custe o que custar
esperando a hora
para renascer
e assim como o Cristo
poder ressuscitar.
III
O mundo melhor
que todos procuram
está muito além
das nossas alturas
mas vamos consegui-lo
se soubermos manter
nossas almas puras!...
Alina Castelo Branco 
(01/12/1976) 


SUZI


(464)
 I
Todos os dias ela passa
voando alto e vem buscar
seu alimento pra seu sustento
e sempre volta toda contente
para o seu ninho
que fica perto, bem pertinho
de onde vivo e dá pra ver
bem direitinho.
II
Começou tudo, quando uma dia
ela chegou, devagarzinho,
com muito medo
no meu humilde apartamento;
tivemos por ela, muito carinho
pão lhe demos e daí pra
frente, ela voltou todos os dias
pois já sabia que ia ter
o que queria pra sobreviver.
III
Suzi é o nome dessa pombinha
que já é nossa de coração
e já faz parte da nossa vida
tanto é verdade que no dia
que ela não vem
todos de casa
já sentem falta
e preocupam-se, ficam aflitos
e perguntam-me:
IV
O que está havendo?
Por que a Suzi não vem correndo
buscar seu pão, seu alimento
que guardamos pra, vê-la contente?
Será que ela está doente?...
V
É tão sublime a gente ter
alguma coisa tão espontânea
que conseguimos de uma maneira
tão relevante
sem precisar, acorrentar
ou escravizar aquela pomba!
VI
Hoje me lembro
que no começo
Suzi era muito desconfiada;
qualquer barulho a espantava;
depois que viu e que sentiu
que só queríamos
admirá-la e ajudá-la
ela aprendeu, a confiar
e hoje passeia, tranquilamente,
dentro do nosso apartamento
vai da varanda até a cozinha
e come da mão da minha filhinha
certa e convicta de que
ninguém a tocará
e nem tão pouco a maltratará;
quando ela chega
ficamos felizes por vê-la assim
tão gordinha, tão branquinha,
e procuramos ficar quietinhos
para que ela possa comer devagarzinho.
VII
Nesse momento todos voltam-se
para olhar aquele ser tão pequenino;
logo depois de saciada
ela regressa para o seu ninho;
eu fico triste, fico a cismar;
aquela pomba é mais feliz
do que a gente
pois ela tem a liberdade
que nós não temos;
apesar de ser tão pequenina
é muito capaz
de viver sozinha
e andar por onde bem lhe aprouver
pois ela pode voar
pra onde ela quiser;
rasgar o véu da escravidão
e ver o céu bem pertinho
em toda a sua vasta amplidão.
Alina Castelo Branco 
(16/06/1976)
(Original) 



Suzi(2)


(184)
I
Todos os dias
ela passa
voando alto
e vem buscar
seu alimento
para seu sustento
e sempre volta
toda contente
para o seu ninho
que fica perto,
bem pertinho
de onde eu vivo
e dá pra ver
bem direitinho.
II
Suzi é o nome
dessa pombinha
que já é nossa
de coração
e já faz parte
da nossa vida
pois a verdade
é que no dia
que ela não vem
todos da casa
já sentem falta
e se preocupam
ficam aflitos
e me perguntam:
O que está havendo?
Por que a Suzi
não vem correndo
buscar seu pão
que nós guardamos;
será que ela
está doente?
III
É tão bacana
a gente ter
alguma coisa
tão espontânea
que conseguimos
de uma maneira
tão relevante
sem precisar
acorrentar,
ou escravizar
aquela pomba!
Alina Castelo Branco 
(Uma pomba que entrava no meu apartamento) 



Recanto Amigo


(460)
I
Quer vencer honestamente?
Lute bastante,
não tenha medo
dos precipícios,
dos obstáculos,
dos terremotos,
das injustiças
nem dos fantasmas
que o próprio medo
pode criar
pois cá pra nós
lá bem distante
à nossa espera
tem um lugar
de muita calma,
de muita paz
que nos dá força
para seguir e procurar
esse jardim
que é tão florido
mas que um dia
vamos achar
depende só
do nosso esforço
da nossa luta
para fazer as coisas certas
e não viver
sempre a errar.
II
Se tivermos uma boa vida
correta e firme
pautada apenas
na lealdade
dos nossos atos
e sinceridade
dos nossos gestos
tenho certeza
que encontraremos
esse recanto aconchegante
que servirá pra todos nós
na hora certa;
no dia exato
no final de tudo,
no final da vida
pra o descanso bem merecido
pela missão aqui na terra
tão bem cumprida.
Alina Castelo Branco 
(09/06/1976)