sábado, 21 de fevereiro de 2015

Cada Cruz


(113)
Cada cruz
no cemitério
rodeada de flores
e coberta de amores
fincada no chão...
Cada cruz
no cemitério
representa uma vida
que passou
foi cedida
e cumpriu sua missão.
Cada cruz
no cemitério
representa um irmão
que aqui nesta terra
deixou seu coração.
Alina Castelo Branco 
(01/04/1979) 



Retorno


(601)
Que Deus ajude a todos os meus filhos
para que eles possam continuar rezando
tem sido até hoje, o meu objetivo
a única coisa que vivo esperando.

O que o sofrimento e a revolta provocou!
Eles se afastaram, provisoriamente,
de Deus, que é a fonte de todo amor
com isso, entristeço-me, evidentemente.

Certa e convicta de que um dia
todos voltarão alegres e redimidos
aguardo o futuro com grande alegria;

sabendo que Deus é bom, já estou a vê-los
voltando humildes e arrependidos
e Ele, abrindo os braços para recebê-los.
Alina Castelo Branco 
(20/08/1976) 





Blim-Blam!...


(621)
Toca o sino! Ave-Maria!
Em todos os nossos corações
nasce uma grande alegria
enche de ar, nossos pulmões.

De um ar, muito mais puro
com muito menos impurezas
penetrando em todos nós
com muito maior beleza.

Ave-Maria! Mais alegria
mais esperança, muito mais fé
nas horas tristes, do fim do dia;

pensando Nela, nessa mãe querida
que sofreu tanto e tanto sofreu
agüento firme toda a minha lida.
Alina Castelo Branco 
(28/10/1976) 





Quanto Tempo!...



(622)
Passei uns dias sem escrever
a luta foi grande, sufocante
parece até que deixei de viver
é uma coisa impressionante.

Como parar de escrever e ler
se isso faz parte da minha vida
é o ponto alto do meu viver
entrelaçados com a minha lida?

Uma semana sem um livro pegar
parece séculos e séculos a correr
e um grande vazio a suportar.

Ler é se abastecer, é evoluir;
é saber desejar onde quer ir
escrever é ajudar, é construir.
Alina Castelo Branco 
(12/11/1976)