terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Vida


(975)
O que a vida pode nos dar?
Pode nos trazer
ou pode remendar?
O que a vida
no seu leva e traz
pode nos fazer
para nos agradar?
A vida é isso
doce ilusão
só nos corações
dos que não são maus
sabem perdoar
e pedir perdão
e desejando paz.
Alina Castelo Branco 
(07/02/1979)



Calamidade


(976)
Chuvas de verão!
Como há tanta água
rolando, invadindo
cobrindo as casas
cobrindo o chão!
Quantas crianças
desabrigadas, abandonadas
sem pai, sem mãe!
Quantas lágrimas
dores e luto
quanta tristeza
e desesperança
num pavor mudo
dentro de cada um
dentro disso tudo!
Os rios sobem
avançam as águas
e a Natureza
que é você, Ó Deus
junto com o povo
sofre cruelmente
o pavor dos seus.
Alina Castelo Branco 
(07/02/1979)



Novo Astral


(972)
Cada vida, cada plano
cada astral diferente;
várias reencarnações...
Tudo muda
aqui mesmo
tudo é contraditório
não dá mesmo
pra entender.
O ser
humano atrasado
sem grande evolução
vai chegar a compreender
o porque do Cristo homem
vindo à terra
tendo a cruz;
se eu colocar Cristo
dentro dos problemas meus
seria a maneira certa
de me encontrar-se com Deus!
Alina Castelo Branco 
(30/01/1979) 




Menino Mau


(915)
Menino mau
já bem crescido
não quer ser gente
nem evoluído
não crê em Deus
nem no infinito
vive sempre fora
da realidade
longe de alcançar
um dia no além
a eternidade;
menino mau
já bem crescido
fazendo birra
pra aparecer
a sua raiva
o seu despeito
o seu sadismo
por não conseguir
de todo destruir
alguém que vale
pela fé que tem
e crê nas forças
apenas do bem;
menino mau
o seu castigo
vai ser eterno
dentro, consigo
na sua mente
no próprio ser
pois qualquer um
que age assim
não vai ter nunca
um belo fim.
Alina Castelo Branco 
(18/02/1977) 
(Dedicada ao meu ex-marido) 


Cair e Levantar


(918)
Com sacrifício
tiramos uma pedra
do nosso caminho
e quando vemos
tem outra enorme
à nossa frente
sempre tolhendo
e empatando
o nosso destino;
é sempre assim
a nossa vida
todos os esforços
parecem até
que são perdidos
e a estrada
já escolhida
teremos sempre
que continuar
pois não adianta
querer voltar;
para nós
aquela estrada
está fechada
obstruída
mesmo que antes
fosse por nós
bem construída;
querer voltar
é começar
tudo de novo
que já estava
bem programado
e encaminhado
que tanto luta
já tinha sido
tão dispensada;
só tem um jeito
é ir pra frente
tirando pedras
milhares delas
que muitas vezes
são até belas
mas como pesam
nas nossas vidas
já tão cansadas
e tão doridas!

Quando não temos
mais forças, não aí,
caímos nariz no chão
e aquelas pedras
que são enormes
e nos mete medo
com seus tamanhos
descomunais
para nós já fracos
fracos demais
obrigam a gente
a ficar parado
ficar pra trás;
isso é morrer
deixar cair
deixar ficar
colado ao chão
sem levantar
sem ter mais forças
para lutar.
Alina Castelo Branco 
(18/02/1977)