sexta-feira, 3 de julho de 2015

No Caixão


(856)
Do início do mundo
tem sido assim:
sempre rebeldias,
sofrimentos enfim.
-Procurou mudar
o homem, então?
-Não! Continua o mesmo
teimoso, arrogante;
ambicioso, imbecil
e impetuoso
com mil defeitos
tentando cavar
com suas mãos
a própria sepultura
no centro do chão.
É quando o homem
dentro do caixão
passa a ter vida
e ser gente, então!
Com a imortalidade
da nossa alma
tudo é mais verdade
tudo é mais calma.
Alina Castelo Branco 
(30/06/1977)


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