segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Vento, Ó Vento!


(782)
Vento, ó vento
que varre, varre
sacode casas
derruba tudo
na sua fúria e velocidade
pra mim seu nome
apenas é um
é vento, apenas
e mais nenhum.

O que você
quer de nós, todos
quando ultrapassa
todo limite
e problema cria
para as pessoas?

Por que motivo
você às vezes
que é tão calmo
e tão suave
se enfurece e de repente
não vê mais nada
e nem a gente;
nem as crianças tão inocentes
e os animais
que servem o homem
até demais
e no furor
que você vem
arrasta tudo
sem mesmo olhar
para ninguém?

Já viu depois
que você passa
todo estrago
que você fez
e que deixou
lares desfeitos
filhos sem pais
mães sem os filhos
que desolação
e tanta dor
no coração?

Vento, ó vento
quando tiver raiva assim
procure um pouco
se acalmar
não dê vazão
aos nervos seus
pra não magoar
e nem machucar
os filhos de Deus
que na raiva
você esqueceu
que também são seus.
Alina Castelo Branco 
(21/08/1976) 





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