quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Dor


(548)
I
Quanto mais escrevo
mais vontade tenho
isso é normal?
Já não entendo
pois a verdade é que as
palavras saem da mente
com facilidade
e transcrevo-as imediatamente,
para o meu caderno de recordação
como alguém que guarda
uma grande saudade
no seu coração.
II
Minhas poesias
como tudo aquilo que sempre
escrevo mesmo sendo em prosa
quadras ou sonetos,
dou sempre a tudo muito valor
são muito sinceras e reflete a dor
e o desassossego que vai
na alma do ser humano
porque a alegria não dá
tantos versos como a tristeza
pois o sofrimento nos
transporta aos céus
e nos eleva sempre para o alto,
faz descer o véu
da nossa ilusão.
Então a vida vem pura
e cristalina sem tapeação.
III
Observo bem e muito reconheço
que tenho razão:
toda a pessoa que na vida tem
muita coisa boa e nunca sofreu
nem uma vez si quer,
a tendência dela é tornar-se fútil
pois na sua vida nada ela colheu
tornando inútil a sua velhice
pois nada aprendeu.
IV
Entretanto, aqueles
que muito sofreram, que deram duro
pra vencer na vida
e que dessa luta nunca se esqueceram
aprenderam algo de muito valia
aprenderam a mar e ter alegria,
aprenderam a ver em cada pessoa
em cada ser, então mais um Cristo,
mais um irmão
também aprenderam a compreender,
a analisar e a perdoar
cada coração.
Alina Castelo Branco 
(13/07/1976) 



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