quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Cruz! Como é Triste!...



(653)
Cruz! Como é triste
você se decepcionar
com certas pessoas
que você confia
e que às vezes
até admira!...
Cruz! Como é triste
ter que aceitar
tanta coisa errada
e se conformar
sem poder agir
sem nada falar!...
Cruz! Como é triste
ter que entender
a maldade humana
que vem e volta
nas cabeças ocas
e até insanas.
Cruz! como é triste
ter que perdoar
seu maior amigo
que lhe traiu
que se tornou
feroz inimigo!...
Cruz! Como é triste
ver a humanidade
proclamando amor
pelos quatro ventos
quando só provoca
conflitos na mente!...
Cruz! Como é triste
ter que esperar
o dia final
em que você vai
e não volta mais:
“ Vai ter com o Pai”!...
Alina Castelo Branco 
(12/08/1978) 




Noiva


(631)
Tanta gente a ser feliz
tanta noiva a casar
tantos altares floridos
tanta gente para amar!

É a vida, em tudo isso
é a lei da natureza
é a verdade num sorriso
é o amor, essa beleza!
Tanta noiva a caminhar
tão contente e vaidosa
passo a passo para o altar;

e depois, o amanhecer
de uma etapa de amor
de alegria e de prazer.
Alina Castelo Branco 
(27/01/1977) 




16 de Outubro


(423)
Mais um ano
vai envelhecendo
e juízo que é bom
ainda não tem
o que sobra muito
é a prepotência
é a arrogância
que todo ser
que não tem Deus
sempre mantém.

Ele vai andando
e os anos vencendo
nem sabe de que jeito
ele vai tendo;
Deus o está olhando
está observando
está perdoando
está vendo!...
Alina Castelo Branco 
(05/10/1976) 



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Sim ou não?


(462)
Você que ler minhas poesias
você me acha muito agressiva?
Se nos meus versos, às vezes falo
com muita força,
com muita ênfase
de alguma coisa
que mais destaco,
no fundo mesmo
quero somente
abrir os olhos
de muita gente
pra que se lembrem
que não existe
só uma vida
e que esse corpo
que a terra um dia
irá comer
desaparecer e não deixa nada;
por que você
tem tanta vaidade?
O que merece muita atenção
é a nossa alma e o coração
pois dele parte
toda bondade e infelizmente,
toda maldade
e por isso então
a partir de agora
vamos olhar com muita atenção
a nossa alma
e a do nosso irmão;
também nosso humilde
e pobre coração.
II
Depois de lidas
as explicações
querida amiga
desconhecida,
você me acha
muito agressiva
ou não?
Alina Castelo Branco 
(09/06/1976) 



Filhos Rebeldes


(239)
Que turma difícil
que Deus me deu
são muito rebeldes
e violentos;
são revoltados
e traumatizados;
não dão valor
as coisas boas
vivem infelizes
e contrariados
com as pessoas.

O que fazer
pra que meu povo
venha a entender
que não adianta
gritar, chorar
botar à baixo
o mundo imenso
e esmagar
com toda a gente
não resolve, nada gritar
o que resolve, mesmo é amar.
Alina Castelo Branco 
(16/11/1976) 




Súplica


(122)
Ó Senhor
dentro deste mundo
onde cresce o joio,
junto com o trigo,
protege as crianças
dos seus inimigos!
Guarde esses anjos
tão puros e inocentes,
envolva-os com o seu manto
pacientemente,
pois as feras loucas
andam por aí,
devastando tudo,
engolindo anjos
num horror sem fim.
Mas tu, Senhor
com o seu poder,
tudo estás vendo
e analisando
e todas as crianças
tu estás amando.
Sendo assim, Senhor
fico mais tranquila,
e penso nas crianças,
nas coisas erradas,
vem uma esperança
De que não serão
nunca abandonadas.
Para os que maltratam
e ferem as crianças,
tenho pena deles...
Pois nos corações
desses homens maus
só há tempestades.
Nunca há bonança,
nem tão pouco, paz.  
Alina Castelo Branco 
(04/10/1979



domingo, 22 de fevereiro de 2015

Imortalidade (2)


(376)
A imortalidade
se adquire com a alma
e não com o nosso corpo
e nem com a nossa carne
porque remédio aplicar
pra esse corpo durar?

Só com as boas ações
aqui na terra aplicadas
a vida eterna depende
não do congelamento
mas sim da nossa esperança
e do contentamento
de saber que ainda temos
descanso lá no além
e a morte desse corpo
essa matéria destruída
não vai nunca atrapalhar
nem empatar a subida.

É necessário que haja
a lenta decomposição
é preciso que esse corpo
desapareça então
pra se partir de uma vez
o elo que nos liga a terra
é preciso que partamos
para o infinito bem longe
alegres, livres, confiantes
que vamos lá encontrar
a luz grande e brilhante
que irá nos iluminar
que tanta força fizemos
lutamos, choramos, sofremos
pensando em um dia achar.
Alina Castelo Branco 
(06/09/1976)