sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Dom


(98)
Uns nasceram para calcular,
outros para em máquinas mexer.
Uns nasceram para costurar,
outros para nos defender.

Uns nasceram para pintar,
outros vieram pra servir a Deus.
Uns nasceram para curar,
outros para educar os filhos seus.

Para que veio o poeta ao mundo?
pra não fazer nada, ser um vagabundo
ou para espalhar entre todos
um amor profundo?

Pois a poesia gente, é como o glacê
que colocamos em nossas vidas
para adoçar o nosso viver.
Alina Castelo Branco 
(01/10/1976 às 17:30horas) 




segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Destino


(337)
Se Deus me deu
um dom especial
de gostar de ler
e de muito escrever
como vejo a vida
e assim transcrever
para o papel
na minha maneira
no meu estilo profissional
tenho que agradecer
essa felicidade
pois nem todos têm
essa facilidade.
A gente nasce
como foi moldado
você acredita
em sina, destino?
As vezes é um fato!...

Se nunca ninguém
tentou me incentivar
e sempre gostei
de jogar pra fora
o que desejei
é algo espantoso 
é alguma coisa
de maravilhosa
que cultivarei;
há de chegar o dia
em que o meu ideal
realizarei.
Alina Castelo Branco 
(22/08/1976) 



O Circo


(58)
Somos crianças,
eternamente,
se quiser ter prova
do que eu digo
é observar
sempre um circo;
quem não gosta
de ver os bichos
dançando, pulando,
brincando sempre
e o palhaço
todo contente
fazendo rir
toda gurizada
e muitas vezes
até chorando
por dentro d’alma;
os trapezistas
se equilibrando
e nos fazendo
tanto vibrar
e com o coração
quase a saltar
e a bater,
violentamente,
ficamos tolos
e boquiabertos
com tudo que vemos
dentro da coberta
que chamamos lona
que cobre o circo
e a nossa alegria
em ver os animais
e todos os artistas
felizes demais
voltamos a ser
alegres também
eternas crianças
que acham no circo
razão suficiente
pra continuar vivendo
apenas contente
esquecendo as lutas
por um momento.
Alina Castelo Branco 
(21/08/1976)




Casarão


(60)
Como eu gostaria
de ter vivido
uns poucos dias
longe, bem longe
num casarão
dentro daquela
imensidão
com bem conforto
e vendo as belezas
que rodeiam o lugar,
a grama verdinha
pra gente deitar;
o rio tranqüilo
pra roupa lavar
e o sossego que há
numa grande fazenda
onde se tem tempo
para se pensar!
II
Imagino-me lá
vendo-me perto
da natureza
noite e dia
gozando da paz
e da alegria;
o que seria
que eu escreveria?
Alina Castelo Branco 
(21/08/1976) 




Noite


(17)
À noite quando vem cobrindo a terra
com seu lindo véu, todo estrelado
há uma ternura e encantamento
não se pode negar, isso é um fato.

É quando os corações palpitam mais
os amores nascem, a desilusão vai
a noite é bela, bela até demais
a esperança e a beleza me atrai.

Bastaria à lua para iluminar
as noites longas e convidativas
que reconforta, e nos faz cantar.

Que nunca nos falte no céu, a lua
para unir sempre, aqui na terra
a minha alma amiga com a sua.
Alina Castelo Branco 
(05/09/1976) 





Como Pude!


(40)
Quantas poesias
eu já fiz
são tantas, tantas
que nem me lembro
e vou reler
para lembrar;
o que vou dizer
não é vaidade
juro é a pura
realidade
mas gosto até
de admirar
como é que pude
tudo dizer
e tudo falar
colorindo
com a fantasia
da minha mente
toda tristeza
da alma da gente!
Alina Castelo Branco
(16/07/1976)



sábado, 3 de janeiro de 2015

Alma Tristonha


(54)
Quando a alma tristonha
chora o seu pranto 
é como se do céu 
caísse assim um manto. 

E esse manto santo 
suave e acolhedor, 
cobre a alma fria 
e dá-lhe mais calor. 

Você está duvidando
do que lhe digo, agora,
quando estou versando,

com o pensamento profundo 
não duvide nunca jamais? 
De nada nesse mundo!
Alina Castelo Branco 
(20/08/1976)