domingo, 12 de outubro de 2014

Para você, Ângela


(20)
Como posso dizer
pra você querida
o que, realmente,
é essa vida?
Cheia de amores
é também de dores;
tem grande beleza
e muita tristeza;
tem melancolia
tem o sol e o dia;
tem muita alegria
e muita fantasia;
muitas decepções
e grandes paixões
muita coisa boa
e também ruim
analisando bem
a vida é assim.
Contra a correnteza
não se deve ir
vai se remando
firme e lentamente
olhando bem
de que lado o vento
sopra mais fraco
e muito mais ameno;
quanto às tempestades
é deixar passar
e nas horas difíceis
e saber orar.
Alina Castelo Branco
(Dedicado minha filha Maria Ângela).



Para Vitória


(840)
Rodou o tempo
sempre veloz!
Um ano a mais
já se passou
e você hoje
mais madura
mais evoluída
mais atualizada
mais vivida
ver com prazer
ao seu redor
no dia do seu
aniversário,
algo plantado
raiz crescendo
se alastrando
e o tronco frágil
ganhando força,
perpetuando!...
Que cada ano
venha melhor
e que esse tronco
fique bem forte
que resista a tudo
ao tempo, ao vento,
até a morte...
Alina Castelo Branco
(01/06/1977)
( Dedicado a minha filha Maria Vitória no dia seu aniversário).


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Singeleza


(908)
A singeleza de uma noiva
ao entrar numa igreja
pra provar a Deus a todos
o calor do seu amor
e a pureza do seu beijo
é algo emocionante;
ver uma jovem linda
ao lado do seu amado
toda feliz e contente
e o noivo bem arrumado
todo vaidoso e feliz
e muito mais do que isso
ansioso, enamorado
aguardando o momento
de ficar longe de tudo
sem tumulto, sem barulho
com sua noiva amada
afinal, ela já é
sua esposa tão querida
desejada e esperada.
Alina Castelo Branco
(07/02/1977)




Quisera


(892)
Quisera ter
meus vinte anos;
voltar ao tempo
em que me casei!
Como ele era
jovem e feliz,
muito bonito,
muito elegante!
Revendo o tempo
que já passou
cruel, tremendo,
vejo-o agora
tão diferente
tão castigado
por esse tempo,
tão implacável
tão inclemente!
Eu me pergunto
a toda hora
se nós não somos
tão imbecis
e rabugentos
que não soubemos
aproveitar
todos os tempos
com seus minutos
e seus segundos
pois muitas vezes
a morte vem
desarma a gente,
banca valente,
separa tudo,
destrói o tempo
que já é curto.
E o que fica
de tudo aquilo
que já tivemos,
o que já fomos
o que seremos?
Alina Castelo Branco 
(09/06/1978) 



Aquele Tempo!


(891)
Aquele tempo
está tão longe
já tão distante
nem lembro mais;
naquele tempo
era feliz
tudo era bom
tudo era paz!

Aquele tempo
em que amava
e era amada
a vida em si
tinha mais cor;
naquele tempo
era feliz
não tinha dor!
Alina Castelo Branco 
(09/06/1978)



Grande Dor


(888)
A dor que sinto
dá pra chorar.
É dor aguda;
é de espantar;
fica lá dentro
magoa tanto
maltrata a mente,
me faz chorar.
É grande a dor
e o meu pavor
corre  no sangue
fica a jorrar;
tão grande, imensa
que me transforma
que me sufoca
me faz lembrar
um grande amor;
tamanha é a minha
imensa dor!
Alina Castelo Branco 
(09/06/1978) 



Da Janela


(886)
Da minha janela
vejo um morro imenso;
sou possuída logo
de um desejo intenso
de ir até lá
na parte mais alta
daquele morro
e ver a cidade
toda, toda, toda!
Falta-me a coragem
pois não fui talhada
e nem preparada
para escalar montanhas;
falta-me o equilíbrio
que os alpinistas
têm no seu sangue
e como admiro
essas criaturas
que se lançam em campo
enfrentando tudo
com espontaneidade
e muita segurança.
Não tenho jeito
de seguir direito
esse meu desejo
vou me conformando
de apenas ver
da minha janela
aquele morro
aquela altura
majestosa e bela!
Alina Castelo Branco 
(17/11/1977)