quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Queria Poder...


(930)
Queria poder
em seus olhos ver
nova luz brilhar
de fé
de amor
de caridade
e paz;
vejo no entanto
que estou a querer
algo impossível
algo que é demais;
querer que o Cristo
que dorme em você
acorde e viva
como tem que ser
é como plantar
a semente no chão
e esperar que ela brote
no seu coração.
Não tranque esse Cristo
dentro de você
abra bem a porta
pra Ele respirar
e poder viver;
juntos, os dois
hão de percorrer
um novo caminho
que só trará, prazer.
Alina Castelo Branco 
(09/03/1977) 




Borboleta


(931)
A borboleta encantadora
voa sempre, voa o tempo todo
e o lindo colorido
de suas asas
dá gosto de ver.
Como é que pode
a borboleta
ter lindas cores
e nesta vida
durar tão pouco!!
Quem as pintou
porque de nós
não se lembrou
e em nossos corações
não colocou mais cor!
Em vez de preto
que é a cor do luto,
decepções e agonias
dentro de nós colocaria
as cores vivas
fortes, vibrantes
da alegria.
II
Não fique triste
você que é gente
mesmo sem cores
a nos rodear
pense somente
que temos alma
e vida longa
a perpetuar
e a borboleta
coitada dela
vive tão pouco
com suas cores
sendo tão bela!...
Alina Castelo Branco 
(09/03/1977) 




Vai Tempo!...


(933)
Deixar correr
o tempo inclemente
que eleva pra longe
todo o mal que vive
na alma da gente;
voa tempo
vai depressa
vai veloz
e decidido
leva tudo de errado
e deixa o que é bom
comigo!
Alina Castelo Branco 
(10/03/1977)

Cruz


(934)
A cruz o que é
na vida da gente?
Dois paus atravessados
por cima um do outro
é isso, apenas?...
A cruz o que é
que mesmo sem vê-la
você sente o peso;
você não a toca
mas você carrega
prazerosamente
e quando escurece
e a noite vem
você adormece
nela, também.
Ela tranqüila
de braços abertos
recebe o seu corpo
que fica estendido
cansado e ferido.
Ao se levantar
queira ou não queira
você logo começa
de novo a carregar.
Vem o sol
um novo dia a raiar
e você com a sua cruz
volta a viver
e a sonhar!
Alina Castelo Branco 
(10/03/1977) 




Vive-se


(935)
Não se vive hoje
vive-se tropeçando
um por sobre os outros;
o mundo é só bom
para as crianças
mas quando crescemos
ganhamos liberdade
ganhamos independência
ganhamos também
responsabilidade;
tudo nos pesa
tudo nos aperta
tudo nos sufoca
e pra que lado vá
só temos dureza;
mesmo assim a vida
tem seu lado bom
é uma beleza.
Alina Castelo Branco 
(11/03/1977) 




Filha


(936)
A filha é como a semente
que você planta no chão
ela brota, ela cresce
e finca raiz no chão;
e depois vira uma planta
grande, bela, majestosa
com seus frutos tão maduros
e com sua sombra frondosa;
e você árvore velha
já fincada,
enraizada
castigada
pelo sol, pelo sereno
continua espalhando
e jogando para longe
as sementes.
Gente, filha
é a semente
que você plantou
na terra
no coração
e na mente
de vez em quando
vem o vento
implacável
insolente
leva um pouco
ou leva tudo
da semente
que é da gente;
e a árvore envelhecida
raiz espalhada ao chão
fica firme
pensativa
continua sua missão
de espelhar
belas semente
e aguardar
que elas cresçam
fortifiquem
e criem raiz no chão.
Alina Castelo Branco 
(22/03/1977) 



sábado, 17 de janeiro de 2015

Grandes Oportunidades


(612)
Na vida, 
as poucas oportunidades
temos de pegá-las, 
custe o que custar
pois se abrimos mãos 
da felicidade
não tornamos depois 
a encontrar.
A felicidade é 
como um raio de luz
que ilumina 
à nossa escuridão;
é como um bálsamo 
pra nossa cruz;
é como o amor 
para o coração.
Felicidade é saber 
o bom agarrar
na hora certa, 
quando Deus mandar
é não deixar 
a oportunidade zarpar;
assim é a felicidade 
quando vem
passa tão rápida, 
iluminando tudo
e quando some, 
ninguém é ninguém...
Alina Castelo Branco 
(07/10/1976) 




Trança


(611)
Segue a sua luta dia a dia
com mais amor e esperança
e com muito mais alegria
pois a vida é uma linda trança.

Por que a vida é uma trança
às vezes loura, preta, castanha;
às vezes curta, outras longas?
É mesmo uma grande façanha.

Cada um, tem a trança sua
para trabalhar e analisar
tanto em casa como na rua;

e o laço de fita na pontinha?...
Se não apertar com força
ela se desmancha, todinha!
Alina Castelo Branco 
(05/10/1976) 




Vencendo o Tempo



(610)

Há séculos e séculos 
que o mundo existe
cada dia vai se aprimorando;
cada dia mais evoluindo
e a população vai aumentando.

Como será 
no século vinte e um
a nossa querida humanidade?
Serão unidos, todos por um
ou haverá desdita e infelicidade?...

Século vinte e um vai ser de flores
de luzes, de elevação, de muito amor
havendo isso, não haverá dores;

porque as criaturas tendem a crescer
a evoluir, a estudar, amadurecer
e ficarão aptos para tudo vencer.

Alina Castelo Branco 
(01/10/1976)




Desencanto


(609)
Quando uma jovem se desencanta
com o mundo lá fora virar
alguma coisa já não canta
ela já não está mais a amar.

Há algo errado psicologicamente
que a afetou e trouxe-lhe problemas
é que há confusão na sua mente
e esqueceu da fé como emblema.

Entre os seus conflitos ela se escondeu
não quis ver nada, nem quis saber
à bondade de Deus, não recorreu

por pior que seja o desencanto
ninguém, nem nada, merece ter
de uma jovem todo o seu pranto.
Alina Castelo Branco 
(01/10/1976) 




sábado, 10 de janeiro de 2015

Paciência


(625)
Ter calma e paciência 
nas horas difíceis
é alguma coisa que requer fé
nem sempre as coisas 
são possíveis
às vezes não se consegue 
tudo o que se quer.
Paciência é sinal 
de amar a Cristo
lembrando o seu martírio, 
a sua cruz
vendo um misto de doçura 
em tudo isso
e imaginando também a luz.
Nas horas de dor 
e infelicidade
lembrar o Cristo, 
a sua paciência
é melhor do que lembrar 
a crueldade;
se Ele suportou 
pacientemente,
todas as suas dores 
e sofrimentos
nós podemos suportar, 
evidentemente.
Alina Castelo Branco 
(12/11/1976) 




sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Dom


(98)
Uns nasceram para calcular,
outros para em máquinas mexer.
Uns nasceram para costurar,
outros para nos defender.

Uns nasceram para pintar,
outros vieram pra servir a Deus.
Uns nasceram para curar,
outros para educar os filhos seus.

Para que veio o poeta ao mundo?
pra não fazer nada, ser um vagabundo
ou para espalhar entre todos
um amor profundo?

Pois a poesia gente, é como o glacê
que colocamos em nossas vidas
para adoçar o nosso viver.
Alina Castelo Branco 
(01/10/1976 às 17:30horas) 




segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Destino


(337)
Se Deus me deu
um dom especial
de gostar de ler
e de muito escrever
como vejo a vida
e assim transcrever
para o papel
na minha maneira
no meu estilo profissional
tenho que agradecer
essa felicidade
pois nem todos têm
essa facilidade.
A gente nasce
como foi moldado
você acredita
em sina, destino?
As vezes é um fato!...

Se nunca ninguém
tentou me incentivar
e sempre gostei
de jogar pra fora
o que desejei
é algo espantoso 
é alguma coisa
de maravilhosa
que cultivarei;
há de chegar o dia
em que o meu ideal
realizarei.
Alina Castelo Branco 
(22/08/1976) 



O Circo


(58)
Somos crianças,
eternamente,
se quiser ter prova
do que eu digo
é observar
sempre um circo;
quem não gosta
de ver os bichos
dançando, pulando,
brincando sempre
e o palhaço
todo contente
fazendo rir
toda gurizada
e muitas vezes
até chorando
por dentro d’alma;
os trapezistas
se equilibrando
e nos fazendo
tanto vibrar
e com o coração
quase a saltar
e a bater,
violentamente,
ficamos tolos
e boquiabertos
com tudo que vemos
dentro da coberta
que chamamos lona
que cobre o circo
e a nossa alegria
em ver os animais
e todos os artistas
felizes demais
voltamos a ser
alegres também
eternas crianças
que acham no circo
razão suficiente
pra continuar vivendo
apenas contente
esquecendo as lutas
por um momento.
Alina Castelo Branco 
(21/08/1976)




Casarão


(60)
Como eu gostaria
de ter vivido
uns poucos dias
longe, bem longe
num casarão
dentro daquela
imensidão
com bem conforto
e vendo as belezas
que rodeiam o lugar,
a grama verdinha
pra gente deitar;
o rio tranqüilo
pra roupa lavar
e o sossego que há
numa grande fazenda
onde se tem tempo
para se pensar!
II
Imagino-me lá
vendo-me perto
da natureza
noite e dia
gozando da paz
e da alegria;
o que seria
que eu escreveria?
Alina Castelo Branco 
(21/08/1976) 




Noite


(17)
À noite quando vem cobrindo a terra
com seu lindo véu, todo estrelado
há uma ternura e encantamento
não se pode negar, isso é um fato.

É quando os corações palpitam mais
os amores nascem, a desilusão vai
a noite é bela, bela até demais
a esperança e a beleza me atrai.

Bastaria à lua para iluminar
as noites longas e convidativas
que reconforta, e nos faz cantar.

Que nunca nos falte no céu, a lua
para unir sempre, aqui na terra
a minha alma amiga com a sua.
Alina Castelo Branco 
(05/09/1976) 





Como Pude!


(40)
Quantas poesias
eu já fiz
são tantas, tantas
que nem me lembro
e vou reler
para lembrar;
o que vou dizer
não é vaidade
juro é a pura
realidade
mas gosto até
de admirar
como é que pude
tudo dizer
e tudo falar
colorindo
com a fantasia
da minha mente
toda tristeza
da alma da gente!
Alina Castelo Branco
(16/07/1976)



sábado, 3 de janeiro de 2015

Alma Tristonha


(54)
Quando a alma tristonha
chora o seu pranto 
é como se do céu 
caísse assim um manto. 

E esse manto santo 
suave e acolhedor, 
cobre a alma fria 
e dá-lhe mais calor. 

Você está duvidando
do que lhe digo, agora,
quando estou versando,

com o pensamento profundo 
não duvide nunca jamais? 
De nada nesse mundo!
Alina Castelo Branco 
(20/08/1976)




Um Grito!


(21)

Quantas coisas erradas
que nos decepcionam,
filhos malcriados
crianças medonhas;
tanto desrespeito,
gente sem vergonha;
pais irresponsáveis
jovens intolerantes,
mães desligadas
das suas obrigações,
crimes e traumas
muitas traições;
dentro dos asilos
velhos tão jogados
que tiveram filhos
que na escola,
na escola da vida
não aprenderam nada;
tantas injustiças,
tantas maldades,
tantas misérias,
tantas infelicidades;
crianças nuas nos braços de 
mulheres nas ruas, dormindo;
onde está a humanidade
que não vê o que eu vejo
e não sente
o que eu sinto?...
Alina Castelo Branco 
(02/09/1976)